terça-feira, 28 de abril de 2015

EUA e Japão se unem para 'esmagar' militarmente a China

Traduzido pelo blog ''Socialismo na Ásia''.
(Retirado de http://actualidad.rt.com/actualidad/173295-eeuu-japon-aplastar-militarmente-china)

Tóquio está utilizando o aumento do poder da China como desculpa para promover sua remilitarização dado que os EUA pode aceitá-la somente se servirá para conter a China, afirmou a RT o investigador e especialista em Ásia, Tim Beal.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, está visitando os EUA para estreitar os laços militares e econômicos entre Washington e Tóquio e discutir as ambições militares do Japão. Beal acredita que Abe vai continuar a promover a remilitarização do país, como a pedra angular de seu mandato e o foco de seu programa político.
De acordo com o pesquisador, para reforçar o papel militar em Tóquio não é necessário mudar a Constituição, ''você só tem que reinterpretá-la", chamando, por exemplo, o envio de tropas japonesas no exterior de "pacifismo proativo".
EUA e Japão já concordaram nesta segunda-feira, as novas diretrizes de sua cooperação em matéria de defesa. A partir de agora Tóquio pode fornecer ajuda militar a seu aliado fora do território nacional.
''Eu não acho que há um impulso especial da China contra o Japão. Acho que o Japão está basicamente usando a China como uma desculpa, porque é a única maneira dos americanos aceitarem a sua remilitarização. (...) Um dos principais pontos da política externa dos EUA é a contenção da China e o Japão é uma parte muito importante disso'', disse Beal na RT.

Questão de interesse comum

Beal acredita que os EUA ajudarão o Japão a exercer mais pressão sobre a China, incluindo a disputa territorial entre os dois países asiáticos, no Mar da China Oriental.
"Os estadunidenses querem conter a China e estão usando o Japão para fazê-lo, enquanto que o Japão também está usando os EUA de certa maneira. Então, novamente, vamos ver um tipo de esforço conjunto entre o Japão e os EUA nessa disputa no Mar da China Oriental e em outros lugares ", disse o analista.
O Secretário de Defesa dos EUA Ashton Carter, que no início de abril em uma visita oficial ao Japão e a Coreia do Sul, disse que Washington "vai continuar a investir na segurança da região da Ásia-Pacífico" e procurar
expandir a cooperação técnico-militar com os países da região.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

PCJ responde questões sobre seu nome e sua diferença em relação a China e a antiga União Soviética

7 de Dezembro de 2014
Traduzido pelo blog ‘’Socialismo na Ásia’’.




Akahata, edição de domingo

O termo ‘’comunista’’ dá a muitas pessoas uma impressão negativa. Conversas sobre o Partido Comunista Japonês, especialmente quando se trata de eleições, frequentemente afirmam que ‘’as políticas do PCJ são boas mas seu nome...’’ A publicação em 7 de dezembro do Akahata Edição de domingo dá respostas claras às perguntas mais frequentes:

Por que o PCJ não muda seu nome?
O nome incorpora um grande significado histórico. Muitos partidos políticos mudam seus nomes ou alinhamentos enquanto recebem subsídios distribuídos pelo governo aos partidos políticos.
O nome dos partidos políticos não é apenas um nome. Representa a ideologia e os objetivos do partido. O nome Partido Comunista Japonês tem uma história de 92 anos desde a era pré-guerra e incorpora os ideais de uma sociedade futura.
Durante o período pré-guerra e o período da guerra do governo despótico, os membros do PCJ se opuseram a guerra de agressão e exigiram paz e soberania popular, muitas vezes à custa de suas vidas. Quando a guerra terminou, a demanda deles tornou-se um princípio fundamental da Constituição que diz ‘’paz para todos os tempos’’ e proclama que ‘’a soberania reside nas pessoas’’.
Em contraste, o Partido Democrático (Minseito) e o Partido Amigos do Governo (Seiyukai) – antecessores do Partido Democrático Liberal e do Partido Popular Socialista (Shakai Minshuuto) – antecessor do antigo Partido Socialista, todos apoiaram a guerra de agressão forçando os jovens a irem aos campos de batalha. Esses partidos, como colaboradores da guerra, tiveram que mudar seus nomes depois da guerra. O Partido Socialista quando uniu-se a força dominante em 1996 novamente mudou seu nome para Partido Social-Democrata.
Qual é a causa então, do PCJ? O PCJ em primeiro lugar leva a cabo reformas democráticas dentro da estrutura do capitalismo. O PCJ não é hostil às grandes corporações em si. O partido, no entanto, exige delas uma justa contribuição para a sociedade de acordo com sua capacidade. Na sequência das implementações das reformas democráticas, o PCJ vai explorar vias que permitam a criação de uma nova sociedade que possa resolver as grandes contradições intrínsecas do capitalismo. Esse processo de realizar mudanças, no entanto, vai levar tempo porque elas vão apenas ser implementadas através de decisões parlamentares com base nas demandas da maioria do público em geral.
A futura sociedade prevista pelo PCJ não tem exploração e nem repressão. É uma sociedade colaborativa orientada pelo povo composta de relações humanas iguais e livres; em outras palavras, uma sociedade socialista/comunista.

Qual é a diferença do PCJ em relação a China ou a antiga União Soviética?
O PCJ apoia firmemente a independência soberana e a oposição à repressão de qualquer tipo. A antiga União Soviética nada tinha a ver com socialismo. Lançou repetidamente invasões e reprimia outros grupos étnicos.
O PCJ criticou a antiga União Soviética pelo seu hegemonismo e lutou contra a interferência soviética que procurava controlar o PCJ. Quando o Partido Comunista da União Soviética se desfez em 1991, o PCJ publicou um comunicado elogiando o fim do partido e do mal histórico colossal.
O PCJ não considera a China como um país que alcançou o socialismo. A China de nossos dias, tanto politicamente como economicamente, tem inúmeros problemas a serem resolvidos. O PCJ declara o que precisa ser dito para a China de uma forma razoável e de maneira diplomática quando necessário.
Na década de 1960, o PCJ resistiu à insistente interferência da facção maoista do Partido Comunista da China e as relações com o Partido Comunista da China foram cortadas. Como o PCCh admitiu mais tarde seus erros, as relações entre o PCJ e o PCCh foram normalizadas em 1998. Naquela época, nas conversações entre os dois líderes do partido, o presidente do PCJ Fuwa Tetsuzo disse: ‘’É importante visar um desenvolvimento a um sistema político do qual tenha como regra responder quaisquer observações críticas do sistema político sem proibir esse tipo de crítica.’’
Em relação à questão territorial sobre as ilhas Senkaku, o presidente do PCJ Shii Kazuo em 2012 em uma conversa com o embaixador da China no Japão, apresentou um ponto de vista de que as ilhas Senkaku são parte do território japonês. Ele também transmitiu a postura do PCJ de que é importante para os dois países absterem-se de recorrer a medidas agressivas e de considerar respostas militares, e resolver o problema através da calma e do diálogo diplomático.
O PCJ tem mantido o princípio de independência soberana e de realizar críticas a qualquer nação que demonstra um comportamento autocrático.

sábado, 18 de abril de 2015

60 anos da fundação do Partido Popular Revolucionário do Laos


Reportagem sobre a fundação, luta pela libertação nacional e construção do socialismo no Laos pelo Partido Popular Revolucionário do Laos.

Traduzido pelo canal ''União Reconstrução Comunista''.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Partido Comunista da China propõe desenvolver uma ‘’democracia consultiva’’

traduzido por I.G.D.

(retirado de http://manosfueradechina.blogspot.com.br/2015/02/pcch-propone-desarrollar-democracia.html)



Beijing, 9 de fevereiro (Xinhua) – O Comitê Central do Partido Comunista da China publicou hoje um documento que propõe promover a ‘’democracia consultiva’’, a democracia de marca própria do país.

O documento, aprovado no final de dezembro na sexta reunião do Grupo Dirigente para a Reforma Integral, disse que a democracia consultiva socialista materializa a política de ‘’linha de massas’’ do Partido, e que seu desenvolvimento é essencial para aprofundar a reforma do sistema político.

A democracia consultiva está definida como um modelo democrático no qual todos os setores da sociedade, encabeçados pelo Partido Comunista da China, são consultados sobre assuntos importantes antes e durante o processo de elaboração das políticas.

Embora tenha sido praticada pela China durante décadas, ‘’a democracia consultiva precisa ser fortalecida porque o país se encontra em um processo decisivo de construir uma sociedade modestamente próspera de maneira generalizada’’, disse o documento.

‘’Esse método será usado para ampliar a participação do povo na política, ajudar a modernizar a governabilidade estatal e resolver conflitos’’, acrescenta.

A consulta aos partidos que não são comunistas, aos governos e o sistema de conferência consultiva política são os focos em que se concentram, enquanto que as organizações de base também serão fortalecidas, de acordo com as propostas.

O documento também promete que buscará formas de consultas entre organizações não-públicas.

O Partido Comunista da China levará a cabo seminários sobre assuntos chave como principais políticas, importantes arranjos de pessoal e investigação por parte dos oito partidos não-comunistas. Estes eventos estarão presididos por funcionários de alto nível e por líderes do Comitê Central do Partido Comunista da China.

As propostas indicam que o sistema sob o qual os partidos não-comunistas oferecem assistência ao PCCh também será aprimorado. Os partidos não-comunistas dão opiniões e dão sugestões ao PCCh através de relatórios de estudo e em outras formas, enquanto que os líderes desses partidos podem dar conselhos diretamente ao PCCh e ao Conselho de Estado.

Também se destaca a rede de assembleias populares, que é o sistema político fundamental da China. O documento disse que as assembleias devem tornar-se mais consultivas para ‘’incluir a sabedoria do povo e buscar seus pontos de vista enquanto levam a cabo suas respectivas funções de acordo com a lei’’.

Em especial, o documento exige uma maior consulta na elaboração de leis: sobre assuntos que causam divisão, devem ser completados os procedimentos como estudos cuidadosos, verificação e consulta para alcançar um amplo consenso antes que os projetos de lei sejam submetidos à votação.

O papel dos deputados das assembleias populares deve ser fortalecido e devem ser estabelecidas melhores plataformas para os contatos entre deputados e o povo.

O documento dá impulso a Conferência Consultiva Política do Povo Chinês para que continue realizando consultas sobre temas relacionados com as principais políticas nacionais e locais e com questões políticas, econômicas e culturais chave.

Também pede que seja permitido que diversas organizações populares possam contribuir com a consulta.

Por último, o documento sublinha que ao dar impulso a democracia consultiva, o Partido Comunista da China deve seguir tendo o papel dirigente para garantir que possa ser controlada a direção do desenvolvimento.