sexta-feira, 15 de abril de 2016

VÍDEO: Por que há uma revolução armada acontecendo nas Filipinas?

Pequeno vídeo que explica didaticamente as razões do processo revolucionário levado a cabo pelo povo filipino sob direção do Partido Comunista das Filipinas.

Legendado pela União Reconstrução Comunista.




Bandeira da National Democratic Front of Philippines (Frente Nacional Democrática das Filipinas)

segunda-feira, 4 de abril de 2016

O Novo Exército Popular em Mindanao tem Sustentado o Avanço da Guerra Popular

(Mensagem da Frente Nacional Democrática das Filipinas em relação ao 47º aniversário da fundação do Novo Exército Popular (New People’s Army – N.P.A.)

Pelo porta-voz da Frente Nacional Democrática das Filipinas em Mindanao, Ka Oris.


29 de Março de 2016

Traduzido por I.G.D.

A Frente Nacional Democrática – Mindanao junta-se com o resto do povo filipino para proferir sua maior saudação e dar os parabéns para todos os combatentes vermelhos e comandantes do Novo Exército Popular (New People’s Army – N.P.A.) no seu 47º aniversário de fundação, que ocorreu a 29 de março de 1969. Nós também saudamos todos os mártires revolucionários que sacrificaram suas vidas pelo interesse em avançar na luta armada pela libertação nacional e por uma genuína democracia.
É justo que nós demos tamanha importância para este próspero dia porque o Novo Exército Popular (N.E.P.), uma das principais armas da revolução popular democrática, continua levando a cabo suas tarefas mais importantes e tem colhido vitórias significantes. Este exército cresceu em tamanho e força e tem frustrado o mal-intencionado regime de E.U.A. - Aquino III, este que quer destruir o verdadeiro exército popular e todo o movimento revolucionário antes do término de seu mandato.
Partindo de quase nada, o Novo Exército Popular foi fundado em Luzon Central no ano de 1969 e espalhou-se por todo o país. Em Mindanao, a primeira unidade do N.E.P. foi formada em 1972 nas regiões fronteiriças de Misamis Oriental e Agusan del Norte. A partir de 1972, as forças do N.E.P. em Mindanao se estendem e continuam a crescer tanto em tamanho como em força, diante dos ataques brutais do Oplan (Plano de Operação) “Nip-in-the-bud” do Ditador Marcos, o Oplan “Lambat Bitag” de Cory Aquino e de Ramos, o Oplan “Mamamayan” de Estrada, e o Oplan “Bantay Laya” de Arroyo. Atualmente, o Oplan “Bayanihan” do regime de E.U.A. - Aquino III encontra-se com a falência definitiva e com uma grande derrota. Ele é derrotado porque fracassou totalmente em esmagar uma pequena e fraca força guerrilheira, que se mantém firme e cresce ficando ainda mais forte, apesar da enormidade do tamanho e do poderio das forças armadas regulares do Estado reacionário.
Suas vitórias revolucionárias têm se concretizado por meio da implementação de suas tarefas em levar adiante a luta armada, a construção de bases, em lançar a revolução agrária, em avançar nas lutas antifascista e anti-imperialista, e em conduzir cursos de estudos de caráter político e ideológico, incluindo o trabalho cultural.
Mesmo com as brutais investidas da Operação “Bayanihan” do regime fantoche de Benigno Aquino III contra as forças revolucionárias em Mindanao, as frentes guerrilheiras na ilha, do começo do regime em 2010 até meados deste ano, aumentaram em 46, estas que cobrem cinco regiões do Novo Exército Popular em Mindanao. Muitas destas frentes têm porte de verdadeiras companhias, e nenhuma sequer foi dizimada.
A construção de frentes guerrilheiras atingiu o sucesso devido aos seus esforços determinados em estabelecer e ampliar bases que servem como áreas de manobras do N.E.P. Em todos os seis anos sob o regime títere de Aquino III, o número de bairros onde o N.E.P. opera aumentaram de 1,850 para mais de 2,500 no presente momento, cobrindo mais de 200 municípios em 20 províncias em toda a ilha de Mindanao. A população influenciada pela revolução aumentou em vários milhões, sendo que 200,000 estão organizadas diretamente, enquanto dezenas de milhares são cobertos pelos governos populares revolucionários em numerosas comunidades e barangays e algumas a nível municipal.
Geralmente, em Mindanao, o Novo Exército Popular tem aumentado suas forças. Desde o início do regime fantoche de Aquino III, cresceram em mais de uma centena as formações de unidades de pelotão. Nenhum desses pelotões foi destruído em batalha pelo inimigo. O N.E.P. tem sido capaz de sustentar inúmeros recrutas devido a sua amplitude e profundidade das zonas e bases guerrilheiras.
As unidades das Milícias Populares em bairros e comunidades, que são forças de reserva direta das unidades do N.E.P. em tempo integral, têm crescido aos milhares em Mindanao. Várias entre elas participam diretamente em ações militares. Elas também têm sido mobilizadas nos trabalhos de inteligência, transporte de suprimentos, e outros apoios militares para as unidades em tempo integral do Novo Exército Popular.
As unidades guerrilheiras em esquadrões, pelotões e companhias, juntas com milhares de Milícias Populares, lançaram ofensivas táticas (O.T.) mais intensificadas contra as unidades inimigas regulares e paramilitares carniceiras das Forças Armadas das Filipinas (F.A.F.). Em 2010, o N.E.P. foi capaz de lançar apenas 250 ofensivas táticas em toda a ilha. Nos cinco anos posteriores, estas foram se intensificando e tornando-se cada vez mais frequentes, e em 2015, mais de 500 O.T. foram levadas a cabo pelo N.E.P. em Mindanao. Já no ano de 2016, nos últimos dois meses, o N.E.P. em Mindanao lançou mais de 100 ofensivas táticas, sendo que a maioria destas foram direcionadas contra os destacamentos e tropas regulares das F.A.F.
Nós temos combinado ações militares aniquiladoras e de exaustão, através das quais, se nós aumentamos o número de vítimas das tropas das Forças Armadas das Filipinas, da Polícia Nacional das Filipinas e dos grupos paramilitares, nós temos dizimado um batalhão por ano nos últimos seis anos. Por meios dessas ofensivas táticas, nós confiscamos milhares de armas de fogo de diversos calibres. Estas armas, incluindo aquelas que foram dadas por aliados e aquelas que nós compramos de diferentes fontes, servem como armamento adicional em nosso esforço para a construção de mais pelotões e companhias espalhadas por todas as cinco regiões de Mindanao.
É também tarefa do N.E.P. lançar ações militares a fim de impor medidas punitivas contra atividades de mineração em larga escala e plantations que são propriedades de corporações multinacionais (e.g. SRMI, PGMC, Dole, Del Monte e SumiFru) que tomaram terras ancestrais dos Lumad, monopolizaram terras e privaram o campesinato da oportunidade de uma reforma agrária. Estas corporações também têm explorado tremendamente os operários, e de maneira desenfreada, saqueiam os recursos naturais e danificam o meio ambiente.
A tarefa de defender os interesses do povo filipino e aquela de lançar ofensivas táticas para gradualmente enfraquecer e destruir o exército reacionário das classes dominantes tem apenas resultado em sucessos devido a força e ao amplo apoio do povo.
O apoio das massas para o N.E.P. tem se tornado ainda mais forte, já que uma de suas tarefas centrais é levar a cabo uma genuína reforma agrária nas áreas rurais. Vitórias em termos de reforma agrária, beneficiando centenas de milhares de camponeses e operários agrícolas no campo de Mindanao, tem sido conquistadas nas áreas rurais em variados níveis e coberturas em todas as regiões. As lutas foram pela redução da renda da terra e implementos agrícolas, redução da usura, aumento dos salários, e aumento do preço dos produtos agrícolas dos camponeses. Foram também lançados serviços médicos e campanhas culturais.
Essas vitórias derivam da perseverança do Novo Exército Popular nos trabalhos de elevação da consciência política de seus combatentes vermelhos e comandantes. As unidades do N.E.P. possuem educação política regular básica que são delineadas pelo curso PADEPA, que inclui, entre outros, o Curso Básico sobre a Sociedade e Revolução Filipinas, Cursos Especiais de Massas, e As Regras Básicas do Novo Exército Popular, etc. Essa consciência política elevada determina o serviço voluntário do N.E.P. para as vastas massas populares e uma firme adesão a uma disciplina férrea entre seus membros. Isso diferencia o N.E.P. das forças mercenárias da Polícia Nacional, dos grupos paramilitares e das Forças Armadas das Filipinas, cujo serviço é adquirido porque estes últimos são pagos para reprimir o povo e proteger os interesses insaciáveis da grande burguesia compradora, dos latifundiários e dos imperialistas.
A liderança absoluta do Partido Comunista assegura que o exército popular permaneça firme na linha política correta da Revolução Democrática Popular e seja capaz de aderir a uma forte disciplina no seu serviço ilimitado de defesa dos interesses do povo. A fim de executar isso, a partir das unidades do N.E.P. em todo o país, incluindo Mindanao, partes do partido dentro das companhias e dos pelotões guiam as tarefas políticas e militares da unidade e engajam-se no trabalho de massas e nos trabalhos políticos e de aliança dentro das fileiras do exército reacionário. E acima de tudo, temos também colocado firmemente a base política dos membros do Partido dentro das unidades do exército através da implementação de estudos em forma de cursos do Partido, como o Curso Básico do Partido, o Curso Intermediário e o Curso Avançado.
O avanço contínuo da guerra popular em Mindanao e a resistência armada em andamento de grupos entre o povo Moro continuam a ser um espinheiro, uma dissuasão contra os interesses econômicos exploradores das classes dominantes da ilha. Desse modo, nesta última fase do regime do títere Benigno Aquino III, seu Plano de Operação “Bayanihan” (O.P.B.) de campanhas de repressão militar tornaram-se ainda mais brutais e virulentas, em uma tentativa desesperada de realizar seu sonho de esmagar o movimento revolucionário em Mindanao e garantir a proteção dos interesses das classes dominantes locais e de seus chefes imperialistas.
Atualmente, dos 113 batalhões das Forças Armadas das Filipinas em todo o país, 68 estão implantados em Mindanao. Destes, 34 batalhões estão implantados para focar suas ações contra o N.E.P., enquanto que os outros 34 estão nas regiões dos Moro. Campanhas brutais e operações militares tem sido lançadas quase simultaneamente contra as forças revolucionárias dirigidas pelo Partido, o N.E.P. e a Frente Nacional Democrática e, ao mesmo tempo, contra os grupos armados dos Moro que continuam na luta armada.
O foco particular das campanhas e das operações militares da O.P.B. é em Mindanao Oriental, que abrange regiões do N.E.P em Mindanao do Sul, onde de 12 a 13 dos batalhões das F.A.F. estão instalados, e no Nordeste de Mindanao, onde existem oito destes batalhões. Enquanto se concentram nestas duas regiões do N.E.P., eles também têm lançado quase simultaneamente operações de “contenção” nas regiões Centro Norte, Ocidental e Extremo Sul de Mindanao.
A concentração de um grande número das tropas das F.A.F. no Sul e no Nordeste de Mindanao, que são 21 batalhões no total e todos estão operando com indescritível selvageria contra o povo e contra as forças revolucionárias, tem infligido um incomensurável sofrimento sobre as massas populares, especialmente os camponeses, os Lumad e outros setores desprivilegiados da sociedade. Tem sido o procedimento padrão destas operações preparar massacres com impunidade, assassinatos, incêndios de escolas e casas, bombardeamentos indiscriminados, bombardeios com helicópteros e aviões, evacuações forçadas e outras desprezíveis formas de brutalidade.
As tropas carniceiras e mercenárias das F.A.F., junto com suas forças paramilitares, cometeram estas atrocidades não apenas para destruir as forças revolucionárias, mas, acima de tudo, para proteger os investimentos dos imperialistas e das classes dominantes locais, como as minerações em larga escala, plantations, projetos de energia e outros que causam impactos negativos ao meio ambiente e pisoteiam os interesses dos Lumad, Moro, camponeses e operários.
Em paralelo com este fascismo descarado, eles também têm lançado campanhas de guerras psicológicas, como as conhecidas “Caravanas da Paz”, onde desfilam como “desistentes”. Estas têm sido usadas para enganar abertamente o povo, fazendo estes acreditarem que as suas medidas terroristas conseguiram privar o N.E.P. de sua base de massas. Eles pregam a mentira de que a revolução está enfraquecida que o próximo passo seria declarar o conflito como “administrável e pronto para o desenvolvimento" nas regiões onde foram atacadas, como Davao Oriental, Compostela Valley, Agusan del Sur, Surigao del Sur e outras áreas. Isto irá preparar o caminho para a implementação de valores bilionários em projetos PAMANA, que, claramente, é apenas uma fonte de corrupção tanto para Malacañang como para a OPAPP.
O regime de alguma maneira sonha que com a concentração de suas forças em algumas poucas regiões do país, particularmente em Mindanao Oriental, será vitorioso em esmagar a revolução em tais áreas. Mas isto é um erro porque enquanto eles focam nas regiões Sul e Nordeste de Mindanao, dão oportunidade para as regiões Centro Norte, Extremo Sul e Ocidental da ilha para que façamos o trabalho de expansão e consolidação, e em esforço global, a fim de avançar com a revolução nestes territórios. E enquanto o inimigo concentra 60% das tropas das F.A.F. em Mindanao, este abre espaço para regiões em Luzon e em Visayas para que possamos avançar significativamente na luta armada.
Seja qual for o revés que se abate sobre o N.E.P. é apenas temporário, apenas passageiro. O que importa é que o desenvolvimento da revolução armada continua avançando, no geral, como a Revolução Popular Democrática. O N.E.P. é invencível porque é o exército das massas populares.
E assim como a realidade tem mostrado, as unidades do N.E.P. vêm lançando heroicos e corajosos contra-ataques por meio de ofensivas táticas a fim de preservar a si mesmo, defender os interesses do povo e consolidar as vitórias da revolução, e causar mais baixas sobre as tropas fascistas das Forças Armadas das Filipinas e dos grupos paramilitares. Ademais, o povo de Mindanao bravamente tem resistido de maneira ousada, desmascarando as forças da Polícia Nacional, das F.A.F. e dos grupos paramilitares, e militantemente protestam contra as violações de direitos humanos em todo o país. Estas violações têm sido amplamente expostas e contrariadas após o massacre de 1 de setembro de 2015 em Han-ayan, Lianga, Surigao del Sur. O regime reacionário tem sido criticado com forte condenação por vários setores da sociedade, incluindo as igrejas católicas e protestantes.
Desse modo, no 47º aniversário de fundação do Novo Exército Popular, nós devemos nos manter firmes em nossas vitórias e olhar adiante para o futuro brilhante da revolução. Os interesses do povo residem em cima de nós. Juntos, com eles ao nosso lado, a última etapa brutal da O.P.B. do regime E.U.A.-Aquino III certamente irá falhar e será derrotada. E é certo que nós também podemos derrotar o plano de campanha contrarrevolucionário do próximo regime que substituirá a administração reacionária de Benigno Aquino III. Nós estamos confiantes de que o avanço da revolução popular democrática será sustentado porque nós nos mantemos firmes e lutamos pelas aspirações das massas pela verdadeira libertação, pela democracia e paz justas.

Vida longa ao Novo Exército Popular!
Vida longa ao Partido Comunista das Filipinas!
Vida Longa à frente unida e ao povo filipino!