segunda-feira, 27 de abril de 2015

PCJ responde questões sobre seu nome e sua diferença em relação a China e a antiga União Soviética

7 de Dezembro de 2014
Traduzido pelo blog ‘’Socialismo na Ásia’’.




Akahata, edição de domingo

O termo ‘’comunista’’ dá a muitas pessoas uma impressão negativa. Conversas sobre o Partido Comunista Japonês, especialmente quando se trata de eleições, frequentemente afirmam que ‘’as políticas do PCJ são boas mas seu nome...’’ A publicação em 7 de dezembro do Akahata Edição de domingo dá respostas claras às perguntas mais frequentes:

Por que o PCJ não muda seu nome?
O nome incorpora um grande significado histórico. Muitos partidos políticos mudam seus nomes ou alinhamentos enquanto recebem subsídios distribuídos pelo governo aos partidos políticos.
O nome dos partidos políticos não é apenas um nome. Representa a ideologia e os objetivos do partido. O nome Partido Comunista Japonês tem uma história de 92 anos desde a era pré-guerra e incorpora os ideais de uma sociedade futura.
Durante o período pré-guerra e o período da guerra do governo despótico, os membros do PCJ se opuseram a guerra de agressão e exigiram paz e soberania popular, muitas vezes à custa de suas vidas. Quando a guerra terminou, a demanda deles tornou-se um princípio fundamental da Constituição que diz ‘’paz para todos os tempos’’ e proclama que ‘’a soberania reside nas pessoas’’.
Em contraste, o Partido Democrático (Minseito) e o Partido Amigos do Governo (Seiyukai) – antecessores do Partido Democrático Liberal e do Partido Popular Socialista (Shakai Minshuuto) – antecessor do antigo Partido Socialista, todos apoiaram a guerra de agressão forçando os jovens a irem aos campos de batalha. Esses partidos, como colaboradores da guerra, tiveram que mudar seus nomes depois da guerra. O Partido Socialista quando uniu-se a força dominante em 1996 novamente mudou seu nome para Partido Social-Democrata.
Qual é a causa então, do PCJ? O PCJ em primeiro lugar leva a cabo reformas democráticas dentro da estrutura do capitalismo. O PCJ não é hostil às grandes corporações em si. O partido, no entanto, exige delas uma justa contribuição para a sociedade de acordo com sua capacidade. Na sequência das implementações das reformas democráticas, o PCJ vai explorar vias que permitam a criação de uma nova sociedade que possa resolver as grandes contradições intrínsecas do capitalismo. Esse processo de realizar mudanças, no entanto, vai levar tempo porque elas vão apenas ser implementadas através de decisões parlamentares com base nas demandas da maioria do público em geral.
A futura sociedade prevista pelo PCJ não tem exploração e nem repressão. É uma sociedade colaborativa orientada pelo povo composta de relações humanas iguais e livres; em outras palavras, uma sociedade socialista/comunista.

Qual é a diferença do PCJ em relação a China ou a antiga União Soviética?
O PCJ apoia firmemente a independência soberana e a oposição à repressão de qualquer tipo. A antiga União Soviética nada tinha a ver com socialismo. Lançou repetidamente invasões e reprimia outros grupos étnicos.
O PCJ criticou a antiga União Soviética pelo seu hegemonismo e lutou contra a interferência soviética que procurava controlar o PCJ. Quando o Partido Comunista da União Soviética se desfez em 1991, o PCJ publicou um comunicado elogiando o fim do partido e do mal histórico colossal.
O PCJ não considera a China como um país que alcançou o socialismo. A China de nossos dias, tanto politicamente como economicamente, tem inúmeros problemas a serem resolvidos. O PCJ declara o que precisa ser dito para a China de uma forma razoável e de maneira diplomática quando necessário.
Na década de 1960, o PCJ resistiu à insistente interferência da facção maoista do Partido Comunista da China e as relações com o Partido Comunista da China foram cortadas. Como o PCCh admitiu mais tarde seus erros, as relações entre o PCJ e o PCCh foram normalizadas em 1998. Naquela época, nas conversações entre os dois líderes do partido, o presidente do PCJ Fuwa Tetsuzo disse: ‘’É importante visar um desenvolvimento a um sistema político do qual tenha como regra responder quaisquer observações críticas do sistema político sem proibir esse tipo de crítica.’’
Em relação à questão territorial sobre as ilhas Senkaku, o presidente do PCJ Shii Kazuo em 2012 em uma conversa com o embaixador da China no Japão, apresentou um ponto de vista de que as ilhas Senkaku são parte do território japonês. Ele também transmitiu a postura do PCJ de que é importante para os dois países absterem-se de recorrer a medidas agressivas e de considerar respostas militares, e resolver o problema através da calma e do diálogo diplomático.
O PCJ tem mantido o princípio de independência soberana e de realizar críticas a qualquer nação que demonstra um comportamento autocrático.

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