7 de Dezembro de 2014
Traduzido pelo blog ‘’Socialismo na
Ásia’’.
Akahata, edição
de domingo
O termo ‘’comunista’’
dá a muitas pessoas uma impressão negativa. Conversas sobre o Partido Comunista
Japonês, especialmente quando se trata de eleições, frequentemente afirmam que ‘’as
políticas do PCJ são boas mas seu nome...’’ A publicação em 7 de dezembro do Akahata
Edição de domingo dá respostas claras às perguntas mais frequentes:
Por que o PCJ não muda seu nome?
O nome
incorpora um grande significado histórico. Muitos partidos políticos mudam seus
nomes ou alinhamentos enquanto recebem subsídios distribuídos pelo governo aos
partidos políticos.
O nome dos
partidos políticos não é apenas um nome. Representa a ideologia e os objetivos
do partido. O nome Partido Comunista Japonês tem uma história de 92 anos desde
a era pré-guerra e incorpora os ideais de uma sociedade futura.
Durante o
período pré-guerra e o período da guerra do governo despótico, os membros do
PCJ se opuseram a guerra de agressão e exigiram paz e soberania popular, muitas
vezes à custa de suas vidas. Quando a guerra terminou, a demanda deles
tornou-se um princípio fundamental da Constituição que diz ‘’paz para todos os
tempos’’ e proclama que ‘’a soberania reside nas pessoas’’.
Em
contraste, o Partido Democrático (Minseito) e o Partido Amigos do Governo
(Seiyukai) – antecessores do Partido Democrático Liberal e do Partido Popular
Socialista (Shakai Minshuuto) – antecessor do antigo Partido Socialista, todos
apoiaram a guerra de agressão forçando os jovens a irem aos campos de batalha.
Esses partidos, como colaboradores da guerra, tiveram que mudar seus nomes
depois da guerra. O Partido Socialista quando uniu-se a força dominante em 1996
novamente mudou seu nome para Partido Social-Democrata.
Qual é a
causa então, do PCJ? O PCJ em primeiro lugar leva a cabo reformas democráticas
dentro da estrutura do capitalismo. O PCJ não é hostil às grandes corporações
em si. O partido, no entanto, exige delas uma justa contribuição para a
sociedade de acordo com sua capacidade. Na sequência das implementações das
reformas democráticas, o PCJ vai explorar vias que permitam a criação de uma
nova sociedade que possa resolver as grandes contradições intrínsecas do
capitalismo. Esse processo de realizar mudanças, no entanto, vai levar tempo
porque elas vão apenas ser implementadas através de decisões parlamentares com
base nas demandas da maioria do público em geral.
A futura
sociedade prevista pelo PCJ não tem exploração e nem repressão. É uma sociedade
colaborativa orientada pelo povo composta de relações humanas iguais e livres;
em outras palavras, uma sociedade socialista/comunista.
Qual é a diferença do PCJ em relação
a China ou a antiga União Soviética?
O PCJ apoia
firmemente a independência soberana e a oposição à repressão de qualquer tipo.
A antiga União Soviética nada tinha a ver com socialismo. Lançou repetidamente
invasões e reprimia outros grupos étnicos.
O PCJ
criticou a antiga União Soviética pelo seu hegemonismo e lutou contra a
interferência soviética que procurava controlar o PCJ. Quando o Partido
Comunista da União Soviética se desfez em 1991, o PCJ publicou um comunicado elogiando
o fim do partido e do mal histórico colossal.
O PCJ não
considera a China como um país que alcançou o socialismo. A China de nossos
dias, tanto politicamente como economicamente, tem inúmeros problemas a serem
resolvidos. O PCJ declara o que precisa ser dito para a China de uma forma
razoável e de maneira diplomática quando necessário.
Na década de
1960, o PCJ resistiu à insistente interferência da facção maoista do Partido
Comunista da China e as relações com o Partido Comunista da China foram
cortadas. Como o PCCh admitiu mais tarde seus erros, as relações entre o PCJ e
o PCCh foram normalizadas em 1998. Naquela época, nas conversações entre os
dois líderes do partido, o presidente do PCJ Fuwa Tetsuzo disse: ‘’É importante
visar um desenvolvimento a um sistema político do qual tenha como regra
responder quaisquer observações críticas do sistema político sem proibir esse
tipo de crítica.’’
Em relação à
questão territorial sobre as ilhas Senkaku, o presidente do PCJ Shii Kazuo em
2012 em uma conversa com o embaixador da China no Japão, apresentou um ponto de
vista de que as ilhas Senkaku são parte do território japonês. Ele também
transmitiu a postura do PCJ de que é importante para os dois países absterem-se
de recorrer a medidas agressivas e de considerar respostas militares, e resolver
o problema através da calma e do diálogo diplomático.
O PCJ tem mantido o princípio de independência
soberana e de realizar críticas a qualquer nação que demonstra um comportamento autocrático.
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