Publicado pelo Editorial do Renmin Rinbao, Hongqi e Jiefangjun
Bao
16 de julho de 1971
Traduzido por Gabriel Duccini
Junto
do fraternal povo coreano, o povo chinês solenemente celebra hoje o décimo
aniversário da assinatura do Tratado Sino-Coreano de Amizade, Cooperação e
Assistência Mútua em uma situação em que a luta contra o Imperialismo ianque e
o militarismo japonês por parte dos povos de vários países asiáticos está se
moldando diariamente. O Partido coreano e a Delegação do Governo com o camarada
Kim Jung Rin, Membro da Comissão Política do Comitê Central e Secretário do
Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia à sua frente; e o
camarada Kim Man Gum, Membro suplente do Comitê Político do Comitê Central do
Partido dos Trabalhadores da Coreia e vice-primeiro-ministro do Conselho de
Ministros como seu Vice chefe, chegou ao nosso país para participar das celebrações.
O povo chinês calorosamente dá boas-vindas à delegação.
Dez
anos atrás quando eles se depararam com a situação onde o Imperialismo ianque e
seus lacaios estavam fervorosamente levando a cabo atividades agressoras e de
guerra na Ásia, a China e a Coreia assinaram o histórico Tratado Sino-Coreano
de Amizade, Cooperação e Assistência Mútua. O tratado solenemente estipula que
“as partes assinantes se comprometem conjuntamente a adotar todas as medidas
para evitar a agressão contra qualquer das partes assinantes por qualquer
Estado. No caso de uma das partes ser submetida a um ataque armado por algum
Estado ou vários Estados conjuntamente, e assim envolvida em um Estado de
guerra, a outra parte deve imediatamente prestar ajuda militar e outras formas de
auxílio por todos os meios à sua disposição”. Também contém outros artigos
importantes no que tange o reforço da amizade fraternal, a assistência mútua e
a cooperação entre os dois países. Esse tratado é um enorme marco na história
das relações amigáveis entre os dois povos. Ao solidificar a amizade
revolucionária e a unidade militante forjada na prolongada e conjunta luta dos
povos da China e da Coreia na forma de um tratado, ele encarna plenamente a sua
firme determinação a se opor à agressão imperialista, assegurar a segurança
comum de ambos os países e garantir a paz na Ásia e no Mundo.
O
Presidente Mao, grande líder do povo chinês, apontou: “Os camaradas coreanos e
chineses devem se unir como irmãos, passar por bons e maus momentos juntos,
compartilhar felicidade e angústia, e lutar até o fim para derrotar o inimigo
comum”.
Recapitulando
a história das lutas comuns dos povos coreanos e chineses, sentimos
profundamente que a amizade revolucionária entre os nossos dois povos é muito
testada e incomparavelmente preciosa. Por quase um século, o povo de nossos
dois países teve experiências ruins semelhantes e sempre realizou lutas comuns
contra a agressão estrangeira. Assim que o militarismo japonês começou sua
agressão do final do século XIX até o começo do século XX, a China e a Coreia
se tornaram as vítimas imediatas porque ocuparam o território chinês de Taiwan
e anexaram a Coreia. Os destinos do povo da China e da Coreia desde então já
estão unidos. Durante a ocupação japonesa da Coreia, o povo coreano encenou
levantes antijaponeses e um patriota coreano assassinou o chefe militar dos
agressores japoneses Hirobumi Ito, dando um golpe ao inimigo comum dos povos de
ambos países. Após o Imperialismo Japonês desencadear a guerra de agressão
contra a China nos anos 30, os povos chineses e coreanos lutaram ombro a ombro
contra os agressores. Junto do povo chinês, as guerrilhas antijaponesas
organizadas e lideradas pelo Camarada Kim il Sung, o grande líder do povo
coreano, resistiram e derrotaram os agressores japoneses. Nos anos 50 quando os
Estados Unidos desataram sua guerra de agressão contra a Coreia e ao mesmo
tempo ocuparam a Província chinesa de Taiwan, os povos chineses e coreanos mais
uma vez lutaram lado a lado e derrotaram os agressores ianques no campo de
batalha coreano. No longo período de luta, muitos camaradas coreanos derramaram
seu sangue em apoio à causa revolucionária da China. O povo chinês nunca irá se
esquecer do apoio e ajuda que o povo coreano deu a eles.
O
Imperialismo ianque agora está intensificando a presença de suas políticas de
agressão e guerra na Ásia. Ele continua a ocupar o território chinês de Taiwan
e a metade sul da Coreia e persiste na expansão de sua guerra de agressão na
Indochina. O Governo Nixon está fazendo o máximo possível para realizar a assim
chamada “nova política para a Ásia” ao acelerar sua conivência militar com os
reacionários japoneses e ansiosamente fazendo uso do militarismo japonês como
uma tropa de choque da agressão imperialista ianque contra a Ásia. Após a
extensão automática do “Tratado de Segurança” dos Estados Unidos-Japão, os
Estados Unidos e o Japão assinaram o acordo de “reversão” de Okinawa, portanto
reforçando a agressiva aliança militar de EUA-Japão. Ademais, o Imperialismo
ianque está tentando trazer forças militares japoneses para o Sul da Coreia
para fortalecer a operação conjunta EUA-Japão-Pak e inclusive conduziu
exercícios militares provocativos conjuntos dos EUA e Japão, no mar a leste da
Coreia. Tudo isso é uma séria ameaça à segurança do povo da Coreia, China e
outros países asiáticos.
O
militarismo japonês, que está sendo revivido sob a égide do imperialismo
norte-americano, está fervendo com sua ambição de renovar o seu sonho de anexar
a Coréia, invadir a China e dominar a Ásia. Enquanto declaram abertamente que a
Coreia é “essencial para a própria segurança do Japão”, não mediram palavras ao
afirmar que "se pode supor que as Forças de Autodefesa conduzirão
operações em um determinado lugar fora do Japão, e esse lugar será a Coreia”.
Os reacionários japoneses já estenderam suas garras de agressão à Coreia do Sul
em tentativa de transformá-la em uma colônia dual dos Estados Unidos e do
Japão. Ao mesmo tempo, os reacionários japoneses aumentaram sua penetração no
território chinês de Taiwan politicamente, militarmente e economicamente,
alegando que Taiwan é “um fator de máxima importância para a segurança do
Japão”, e conspiraram abertamente em estender a "zona de identificação de
defesa aérea" do Japão para o território chinês da Ilha de Tiaoyu e o
espaço aéreo perto de áreas costeiras da China. Isso revela plenamente as
ambições raivosas do militarismo japonês em colocar as mãos sobre o território
da China. Obviamente, o militarismo japonês novamente embarcou no velho caminho
da agressão e expansão e se tornou uma perigosa força de guerra na Ásia.
Nas
atuais circunstâncias, portanto, é de enorme significância prática consolidar
ainda mais e fortalecer a aliança entre a China e Coreia que foi concretizada
no tratado.
Precisamente
como o Camarada Kim Il Sung, o grande líder do povo coreano, apontou: “Os povos
da Ásia e os povos progressistas do mundo hoje são confrontados com a urgente
tarefa de lutar contra o renascimento do militarismo japonês ao mesmo tempo que
frustrem a agressão do Imperialismo ianque”.
Mudanças
profundas vêm ocorrendo na situação atual da Ásia. A República Popular da China
está diariamente crescendo cada vez mais forte. A República Popular Democrática
da Coreia se tornou um baluarte que permanece firme como uma rocha à frente da
luta anti-imperialista na Ásia. A guerra contra a agressão ianque e pela
salvação nacional pelos povos dos três países da Indochina fez conquistar
grandes vitórias de abalar o mundo. A luta dos povos da China, Coreia, Vietnã,
Laos, Camboja, Japão e outros países asiáticos contra os agressores
norte-americanos e o renascimento do militarismo japonês a partir dos Estados
Unidos e reacionários japoneses está surgindo à frente com um enorme impulso,
irresistível. A força revolucionária do povo asiático está mais poderosa do que
nunca. Qualquer superpotência ou “potência econômica” que tente passar por cima
do povo asiático e fazer girar a roda da história para trás está simplesmente
sonhando acordada. Em face da unidade militante dos povos dos países asiáticos,
qualquer agressor que se atreva a provocar uma nova guerra na Ásia não
encontrará nada com exceção da derrota completa para ele.
A
China e Coreia são vizinhos fraternos ligados pelas mesmas montanhas e rios e
estreitamente relacionados como a língua é com os dentes, e sua segurança é
inseparável. As relações em todo o horizonte de assistência mútua e cooperação
entre ambos os países e ambos povos foi consolidada e desenvolvida firmemente à
luz dos grandes objetivos estabelecidos no Tratado Sino-Coreano de Amizade,
Cooperação e Assistência Mútua. O povo chinês inflexivelmente apoia a justa
luta do povo coreano contra a agressão do Imperialismo ianque e é pela
reunificação pacífica de sua pátria. Vamos cumprir fielmente, como no passado,
as obrigações estipuladas no Tratado Sino-Coreano de Amizade, Cooperação e
Assistência Mútua e estamos determinados a lutar até o fim contra os inimigos
comuns de nossos dois povos.