segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Patriotismo, Nacionalismo e Comunismo: alguma contradição?

Retirado do texto "A Teoria Juche e a Revolução Coreana" do Centro de Estudos da Ideia Juche (CEIJ)








Uma das grandes polêmicas que perduram dentro do campo das forças revolucionárias, até os dias de hoje, é o da possibilidade de relacionar ideais nacionalistas com ideais comunistas. As revoluções de libertação nacional, que eclodiram na Ásia e África, demonstraram empiricamente que a Questão Nacional é o elo que liga as massas populares dos países subjugados pelo domínio econômico e militar do imperialismo ao socialismo. Contudo, para não gerar confusão, acredito que seja necessário distinguir os dois tipos de nacionalismo; aquele professado pelos imperialistas, que legitima agressões, invasões e espoliações, e o nacionalismo popular das massas de países subjugados, que defende os interesses da nação contra os invasores e a exploração imperialista. Em suma, trata-se de dois conceitos diferentes de nacionalismo: o da burguesia e o das massas oprimidas.
No texto Para compreender corretamente o Nacionalismo Kim Jong Il chama a atenção e expõem a necessidade de se diferenciar o “verdadeiro nacionalismo” do “nacionalismo da burguesia”. Para ele o nacionalismo burguês se manifesta como “egoísmo nacional”, “exclusivismo” e “chauvinismo de grande potência”. Essa afirmação não é nenhuma novidade dentro do movimento comunista internacional, mas mesmo assim alguns países socialistas chegaram a cometer esse desvio. Para os comunistas coreanos os grandes clássicos do marxismo-leninismo não deram respostas suficientes a respeito do sentimento nacionalista, devido ao grande combate que a teoria revolucionária travou contra esta ideia, isso permitiu que não se tratasse corretamente esse aspecto da teoria. Kim Jong Il afirma que: “O nacionalismo não está em contradição com o internacionalismo. Internacionalismo é ajuda apoio e solidariedade entre os países e nações (...) Para dizer a verdade, um internacionalismo à margem da nação e divorciado do nacionalismo não significa nada.”
Outro exemplo clássico de junção de ideais nacional-patrióticos e comunistas é o caso do Vietnã. Ho Chi Minh, um dos maiores revolucionários da história, disse certa vez que, teria sido o patriotismo, e não o comunismo, que o levou acreditar em Lênin e na 3ª Internacional.
Levando em consideração que em países subjugados pelo imperialismo, podem fazer parte do que chamamos de “massas populares” várias classes sociais diferentes (operários, camponeses, pequena-burguesia, burguesia nacional) é necessário que os comunistas compreendam que a sua concepção de nacionalismo e patriotismo se difere da concepção burguesa. Analisando o caso coreano, muitos setores da burguesia nacional acreditavam que após a libertação da pátria, o que deveria ser feito era a restauração da velha monarquia, ou alguns, nutrindo esperanças reformistas, acreditavam que o caminho correto a seguir era o da construção do capitalismo. Porém, os fatos demonstram que somente os comunistas poderiam levar a luta revolucionária do povo coreano até o fim, defendendo um nacionalismo-popular de caráter revolucionário.
Os países asiáticos que realizaram revoluções socialistas e depois resistiram à queda do campo socialista não abriram mão de seu caráter internacionalista. É um princípio de classe inerente à ideologia comunista, mas ao mesmo tempo não podem abrir mão de seus interesses nacionais, tendo em vista que o imperialismo ainda ameaça a independência dos povos no mundo e principalmente a soberania desses países. Basta analisarmos o apoio que os Estados Unidos deram, e ainda dão, aos separatistas tibetanos e Dalai Lama, na luta pela desestabilização da República Popular da China. Lembrando que a questão nacional se faz presente em amplos países do chamado “Terceiro Mundo” e não somente dos países socialistas que ainda existem.
Acredito ser necessário abordar mais um problema, que nos leva a defender a ainda presente centralidade da questão nacional na revolução coreana. Devemos levar em consideração que a Coréia é um país ocupado e dividido. A RPDC sofre não somente um poderoso bloqueio econômico, mas também militar. O risco de uma possível guerra ainda é uma realidade na vida do povo. Após o término da guerra da Coréia, nenhum tratado de paz entre Estados Unidos e Coréia Popular foi assinado. Incentivar o sentimento patriótico é uma maneira de estimular o espírito das massas no combate ao imperialismo e na resolução do problema da reunificação da pátria. O problema da reunificação da pátria só será devidamente solucionado quando as tropas americanas deixarem o sul da península, para que o próprio povo coreano cuide dos problemas relevantes a sua reunificação nacional pacifica.

domingo, 16 de outubro de 2016

Paz ou Violência?

Por Vo Nguyen Giap

Extrato de um artigo de Vo Nguyen Giap, publicado em “El Hombre y el Arma”, pg. 153 a 158, das edições La Rosa Blindada, 1968.

Traduzido por Igor Dias



A violência: parteira do novo sistema social
Desde o momento em que a sociedade foi dividida em classes, as classes dominantes estabeleceram sua máquina de Estado para oprimir e explorar as classes dominadas por elas. O Estado é o instrumento de violência empregado pelas classes dominantes para esmagar toda a resistência que possa surgir das classes dominadas. Os dominadores empregam tropas, polícias, espiões, tribunais de justiça e prisões contra os dominados. As classes exploradoras no Poder empregam sempre, por uma parte, a violência para reprimir as classes exploradas. Por outra parte, empregam seus “teóricos” para difundir o pacifismo e a teoria da “não violência” fazendo com que os explorados resignem-se de seu destino sem recorrer a violência para resistir aos ataques das classes exploradoras no Poder.
Entretanto, os que constantemente recorrem a violência para a repressão do povo trabalhador, são os que clamam contra o uso da violência. A violência que se opõe e atacam é a que os oprimidos e explorados por eles empregam para resistirem, tanto que a violência que eles utilizam frequentemente para reprimir o povo trabalhador a proclamam como um favor que concedem a este último.
Os que engoliram o veneno do pacifismo e humanitarismo burgueses se opõe a toda forma de violência. Não fazem nenhuma distinção do caráter de classe dos diversos tipos de violência. Para eles a violência empregada pela burguesia com o objetivo de reprimir o proletariado e a violência utilizada por este último para resistir à burguesia são a mesma coisa. Lenin disse uma vez: “Falar de ‘violência’ em geral, sem distinguir as condições que diferenciam a violência reacionária da revolucionária, é equiparar-se a um filisteu que renega a revolução, ou simplesmente, engana a si mesmo e engana aos demais com sofismas” [1].
Para os pacifistas, todo o tipo de violência é nocivo. Diante da morte causada pela violência, a única coisa que podem fazer é gemer e se lamentar. Não sabem nada da lei do desenvolvimento social. Somente veem o lado feio da violência e não compreendem que, além de sua feiura, cumpre um papel revolucionário na história. Marx disse uma vez que a violência “é a parteira de toda a velha sociedade que leva em seu seio outra nova”.

O revisionismo e a violência
Hoje em dia os revisionistas contemporâneos e os oportunistas de direita do movimento comunista e do movimento operário seguem vociferando sobre “paz” e “humanitarismo”; não se atrevem a mencionar a palavra “violência”. Para estes, a violência é um tabu. Temem esta assim como a sanguessuga teme o cal. O fato é que negam a teoria marxista-leninista sobre o papel da violência na história. Já fazem mais de 80 anos, que ao criticar a filosofia reacionária de Dühring, Engels escreveu: “Para Herr Dühring a violência é o mal absoluto; o primeiro ato de violência é para ele o pecado original. Toda sua exposição é uma jeremiada sobre a maneira em que até hoje a história se contamina assim pelo pecado original, sobre a infame desnaturalização de todas as leis naturais e sociais por este poder diabólico: a violência. Mas, a violência continua desempenhando na história um outro papel: um papel revolucionário; segundo as palavras de Marx, ela é a parteira de toda a velha sociedade que leva em seu seio outra nova; é o instrumento com a ajuda do qual o movimento social abre caminho e estilhaça as formas fossilizadas e mortas; sobre isto, não há sequer uma palavra em Herr Dühring” [2].
Os comunistas não são tolstoístas ou discípulos de Gandhi que pregam a “não violência”. Tampouco difundem a ideia da “violência pela violência”. Não são “belicosos” e “sedentos de sangue” como sempre dizem os reacionários para calunia-los. Simplesmente mostram os comunistas um fato, quer dizer, a violência é um fenômeno social, um resultado da exploração do homem pelo homem e um meio empregado pelos blocos dominantes e exploradores para manter e estender sua dominação. Os comunistas sustentam que a classe operária e o resto do povo trabalhador – vítimas de exploração e dominação – devem recorrer à violência revolucionária para esmagar a violência contrarrevolucionária, de modo que possam alcançar sua própria emancipação e que a sociedade possa avançar de acordo com a lei do desenvolvimento histórico. Fazem mais de 100 anos que Marx e Engels estabeleceram claramente no Manifesto do Partido Comunista: “O proletariado derrocando mediante a violência a burguesia, implanta sua dominação” [3].
Também disseram: “Os comunistas consideram indigno ocultar suas ideias e propósitos. Proclamam abertamente que seus objetivos somente podem ser alcançados derrocando por meio da violência toda a ordem social existente” [4].
Os comunistas expõem o papel histórico que cumpre a violência não porque sejam “maníacos” por esta, mas sim porque é uma lei que rege o desenvolvimento social da humanidade. Não poderá triunfar nenhuma revolução e nenhum desenvolvimento da sociedade humana sem entender tal lei.

A ditadura do proletariado
A causa revolucionária do proletariado não significa uma simples reformulação do pessoal do governo ou uma simples troca de gabinetes, enquanto que segue intacta a velha ordem política e econômica. A revolução proletária não deve conservar a máquina de Estado (polícia, gendarmes, forças armadas e estrutura burocrática existentes), empregada principalmente para oprimir o povo, mas sim, deve destruí-la e em seu lugar edificar uma absolutamente nova. Esta é uma das condições que marcam a diferença entre a revolução proletária e a revolução burguesa. A revolução burguesa não esmaga a máquina de Estado feudal existente, mas sim, apodera-se dela, a mantém e aperfeiçoa-a. Contrariamente, a revolução proletária aniquila a máquina estatal existente do sistema capitalista.
A revolução proletária é um processo de luta aguda no qual a burguesia é derrubada, a ordem burguesa é destruída, as propriedades dos capitalistas e dos senhores de terra são confiscadas e se realiza a propriedade pública dos principais meios de produção. A classe operária não se apodera simplesmente da máquina estatal existente nem transfere a máquina estatal militarista burocrática das mãos da burguesia para as suas. Deve esmagar a máquina estatal burguesa e estabelecer uma nova máquina estatal própria, quer dizer, a ditadura do proletariado. Esmagar a máquina estatal existente é “a condição preliminar de toda a revolução popular verdadeira”. Em uma carta a L. Kugelman em 1871, Marx considerava que tal ação era essencial para todos os países da Europa continental, e que nos anos de 1870 a 1880, nos países fora do continente europeu, tais como Inglaterra e os Estados Unidos, era possível que a classe operária se apoderaria do poder estatal por meios pacíficos, porque nesse tempo o capitalismo não havia crescido até transformar-se em capitalismo monopolista e também não se haviam desenvolvido na Inglaterra, nem nos EUA o militarismo e a burocracia. Este era o estado de coisas antes do surgimento do imperialismo. Mas ao começar o século XX, quando o capitalismo prevalecia em todos os países e se desenvolvia até alcançar sua etapa superior, quer dizer, o imperialismo, e quando o militarismo e a burocracia começaram a aparecer na Inglaterra e nos EUA, a possibilidade de apoderar-se do poder estatal por meios pacíficos já não existia mais nestes dois países. Em 1917, Lenin escreveu em “Estado e a Revolução” que esta tese de Marx com sua limitada aplicação ao continente já não poderia ser aplicada e que na Inglaterra ou nos Estados Unidos a demolição da maquinaria estatal existente já se havia convertido em uma condição primordial para qualquer revolução popular autêntica. Em 1918, em “A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky”, Lenin considerava esta questão como uma lei universal: “A revolução proletária é impossível sem destruir violentamente a máquina do Estado burguês e sem substituí-la por uma nova...” [5].
Quando Lenin criticou a chamada tese de Kautsky de que “a transição poderia ocorrer pacificamente, quer dizer, de uma maneira democrática”, destacou claramente que este era um intento de ocultar os leitores do fato de que a violência revolucionária é o sinal fundamental do conceito da ditadura do proletariado, e que era uma fraude encaminhada a substituir a revolução violenta pela revolução pacífica. Disse: “todos os subterfúgios, os sofismas, as falsificações vis de que Kautsky se vale, lhe fazem falta para esquivar-se da revolução violenta, para ocultar que renega esta, e que ele passou para o lado da política operária liberal, ou seja, para o lado da burguesia. É aí que reside o cerne” [6].

NOTAS

[1] V.I. Lenin: La Revolución Proletaria y el renegado Kautsky
[2] F. Engels: Anti-Dühring
[3] C. Marx y F. Engels: Obras escogidas en dos tomos, tomo 1, pag. versión española, Ediciones en Lenguas Extranjeras, Moscú, 1951.
[4] C. Marx y F. Engels: Obras escogidas en dos tomos, tomo 1, pag. 52, versión española, Ediciones en Lenguas Extranjeras, Moscú, 1951.
[5] V.I.Lenin: La revolución proletaria y el renegado Kautsky, pag 12 versión española. Ediciones en Lenguas Extranjeras, Moscú.
[6] V.I.Lenin: La revolución proletaria y el renegado Kautsky, pag 14 versión española. Ediciones en Lenguas Extranjeras, Moscú.

domingo, 17 de julho de 2016

Elevemos a Nossa Moral Revolucionária, Combatamos o Individualismo

Artigo escrito por ocasião do 39º aniversário do Partido dos Trabalhadores do Vietnã

Escrito por Ho Chi Minh

3 de fevereiro de 1969



Os nossos compatriotas têm o hábito de dizer: os membros do Partido dão o exemplo, a população segue-os. É um elogio sincero aos membros e aos quadros do Partido.
Por ter mantido já 39 anos de uma luta heroica, assegurado o triunfo da Revolução de Agosto assim como a vitória da primeira resistência, e conduzido simultaneamente na hora atual a edificação do socialismo no Norte e a luta patriótica contra a agressão estadunidense, o nosso povo deu-se conta de que a direção de nosso Partido é muito clarividente, que ela conduziu a nossa nação de vitória em vitória a caminho do progresso. Na luta do Partido, como na vida cotidiana, sobretudo nas frentes de combate e da produção, numerosos quadros e militantes mostram-se valentes e exemplares; os primeiros na tarefa e os últimos na honra, eles puderam cumprir um trabalho glorioso.
O nosso Partido formou toda uma geração revolucionária, de moças e de rapazes plenos de entusiasmo e de coragem no cumprimento das suas tarefas.
São flores resplandecentes saídas do heroísmo revolucionário. O nosso povo e o nosso Partido estão orgulhosos destes filhos dignos.
Mas a par destes bons elementos, há ainda quadros e membros do Partido cuja moral deixa a desejar.
Dominados pelo individualismo, em todas as coisas eles pensam, antes de tudo, no seus próprios interesses. A consigna não é “um por todos”, mas “todos por mim”.
Individualistas, eles temem as privações e as dificuldades, caem na avidez, na corrupção, no desperdício, no luxo. Eles correm atrás das honrarias e do lucro, dos títulos e do poder. O seu orgulho faz com que eles não prestem atenção à coletividade; eles desprezam as massas, mostram-se arbitrários e tiranos. Desligando-se das massas e da realidade, eles caem na burocracia e no autoritarismo. Eles perdem o gosto pelo esforço no trabalho e no estudo e não procuram sequer corrigir-se.
Também por causa do seu individualismo, eles provocam a desunião, faltam aos princípios da organização, à disciplina, às suas responsabilidades. Eles não aplicam seriamente a linha e a política do Partido e do Estado, prejudicam os interesses da revolução e do povo.
Em resumo, o individualismo conduz a muitas faltas e erros.
Para tornar os seus quadros e os seus membros dignos de serem combatentes revolucionários, o nosso Partido deve prodigalizar todos os seus esforços para inculcar-lhes o ideal comunista, fazer-lhes compreender e aplicar a sua linha e a sua política, iluminá-los nas suas tarefas e na moral do militante. A crítica e a autocrítica devem ser praticadas seriamente no seio do Partido. É preciso aceitar e encorajar as críticas sinceras feitas pelas massas. A vida da célula deve ser estritamente regulamentada, a disciplina do Partido imparcial e justa, o trabalho de controle, rigoroso.
Cada quadro, cada membro do Partido deve colocar os interesses da revolução, do Partido e do povo acima de tudo e antes de tudo. É preciso combater energicamente o individualismo e elevar a nossa moral revolucionária, cultivar o espírito coletivo, o espírito de união, o respeito pela organização e o sentido da disciplina. Nós devemos seguir de perto a realidade, consultar as massas, respeitar e fazer vingar o direito do povo de ser o dono de seu próprio destino. Devemos esforçarmo-nos por estudar, elevar o nível dos nossos conhecimentos para podermos levar a bom termo todas as nossas tarefas.
Esta é uma forma realista de celebrar o aniversário da fundação do Partido, o grande Partido da nossa classe operária e do nosso povo heroicos. É também um trabalho necessário para ajudar os quadros e os militantes a progredirem, a contribuírem mais eficazmente na luta patriótica contra a agressão estadunidense, e na edificação vitoriosa do socialismo.


Presidente Ho Chi Minh e, em pé, ao seu lado, o camarada Vo Nguyen Giap.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Solidariedade! Vietnã doa 5.000 toneladas de arroz para Cuba

Do teleSUR

Traduzido por I.G.D.

A doação é resultado de quase seis décadas de amizade e cooperação entre os dois aliados tanto na política como na economia.
Vietnã e Cuba assinaram, na quinta-feira, 17 de junho, um documento confirmando a entrega de 5.000 toneladas de arroz do sudeste asiático para o país caribenho.













Uma delegação vietnamita liderada pelo Diretor da Reserva Nacional Geral Pham Phan Dun foi recebida em Havana pelo governo cubano, que realizou uma cerimônia em agradecimento a doação.
A remessa foi entregue no porto de Santiago de Cuba e é parte de uma promessa feita em setembro do ano passado pelo presidente da República Socialista do Vietnã, Truong Tan Sang, durante uma visita à ilha.
Naquela visita, Tan Sang também anunciou que seu país ajudaria Cuba a promover um maior desenvolvimento na agricultura.
Cuba e Vietnã estabeleceram laços diplomáticos em dezembro de 1960.
Durante a invasão dos Estados Unidos no Vietnã, Cuba forneceu tanto apoio moral como prático para as guerrilhas vietnamitas, incluindo suporte médico para soldados feridos durante a guerra e esforços para a reconstrução do país no período pós-guerra.
Desde então, ambos os países têm mantido uma forte relação em vários aspectos, incluindo construção, transporte, biotecnologia, educação, saúde, esportes e agricultura.
Tanto como um aliado político e econômico com uma história compartilhada de resistência ao colonialismo e ao imperialismo, o Vietnã é o segundo maior parceiro comercial de Cuba na Ásia, atrás da República Popular da China. Ele também é o principal fornecedor de arroz do país caribenho.
Em 2010, o Vietnã exportou 400.000 toneladas de arroz para Cuba sob pagamentos de créditos preferenciais, e outras 300.000 toneladas em 2011.

terça-feira, 14 de junho de 2016

China retira da pobreza 66 milhões de pessoas nas zonas rurais em três anos

Do xinhuanet.com

Traduzido por I.G.D.

Pequim, 14 de junho – O número de pessoas vivendo na pobreza em zonas rurais foi reduzido em 66,63 milhões entre os anos de 2012 e 2015, segundo relatório do governo divulgado na terça-feira.
A China formulou o 12º Plano Quinquenal para Redução da Pobreza Aldeia por Aldeia. Em 2015, os projetos de redução da pobreza que abrangem 30.000 aldeias haviam sido implementados, de acordo com o relatório de avaliação da aplicação do Plano de Ação dos Direitos Humanos, que foi lançado pelo Gabinete de Informação do Conselho de Estado.
Os investimentos totais chegam a 144.569 bilhões de yuans (22 bilhões de dólares estadunidenses), com média de 4.8 milhões de yuans por aldeia, segundo o supracitado documento.
De 2012 a 2015, o aumento dos rendimentos dos residentes per capita disponíveis superou a taxa de crescimento do PIB do mesmo período. A taxa de crescimento anual do rendimento disponível per capita dos residentes urbanos e a receita líquida per capita dos residentes rurais foram de 7,5% e 9,2% por cento, respectivamente, segundo o relatório.
Durante o mesmo período, a Comissão de Desenvolvimento e Reforma do Estado direcionou 21 bilhões de yuans do orçamento central para realocação de residentes pobres, o que trouxe um adicional de mais de 200 bilhões de yuans introduzidos no governo local e vários outros investimentos, segundo o relatório, acrescentando que cerca de 8 milhões de pessoas em situação de pobreza foram realocados.
O governo central também alocou 771.1 bilhões de yuans para dar suporte a projetos de habitação a preços acessíveis, disse o relatório.
Direitos iguais no trabalho tem sido garantido. Em 2012, 2013, 2014 e 2015, 12.66 milhões, 13.1 milhões, 13.22 milhões e 13.12 milhões, novos trabalhos em áreas urbanas foram criados respectivamente, de acordo com o relatório. A taxa de desemprego urbano registrada foi mantida dentro de 4,1%, inferior à meta de 5%.
A cobertura de seguro médico básico foi estendida a todos os cidadãos, com a taxa de participação ultrapassando 95%.
Também sublinhou que direitos iguais na educação para crianças realocadas de trabalhadores migrantes foram salvaguardados. De 2012 a 2015, o governo central alocou 34.6 bilhões de yuans para permitir que cerca de 90% das crianças realocadas de trabalhadores migrantes nas cidades obtenham suporte do governo.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Fortalecer a liderança da classe trabalhadora na luta pelo socialismo

Comunicado para o Dia Internacional do Trabalhador, emitido
pelo Escritório do Presidente, da Liga Internacional da Luta dos Povos (ILPS)



Traduzido por I.G.D.





Nós, da Liga Internacional da Luta dos Povos (ILPS), levantamos nossos punhos para saudar os trabalhadores e aos povos do mundo celebrando 130 anos do Dia Internacional do Trabalhador.
Neste dia, queremos recordar e celebrar as vitórias do movimento operário na luta pela jornada de trabalho de oito horas, aumento dos salários, melhora das condições de trabalho e os avanços socialmente transformadores. Prestamos homenagem aos pioneiros e aos mártires do movimento operário, inspirando-nos em seu compromisso, valentia e perseverança ao tempo que voluntariamente continuamos ampliando e fortalecendo o movimento da classe trabalhadora e elevando sua consciência revolucionária e militante.
Já se passaram 130 desde o protesto dos trabalhadores do Haymarket Square de Chicago, nos Estados Unidos. Esse acontecimento na história da classe trabalhadora nos ensina valiosas lições neste dia: os capitalistas, especialmente a grande burguesia, interessada em aumentar suas riquezas, não reconheceram o papel dos trabalhadores na produção, na importância de cobrir necessidades básicas e a dignidade. Os governos estão a serviço da classe capitalista e empregam seu aparato repressivo para defender os interesses desta.  Os trabalhadores devem se unir e lutar para alcançar vitórias na melhora das condições de vida e trabalho. Os trabalhadores são capazes de elevar sua consciência e militância de classe trabalhadora no curso da luta de classes contra a burguesia.
Ao mesmo tempo, expressamos nossa indignação pelo fato de que os monopólios capitalistas, os grandes latifundiários e todos os reacionários tem difamado, durante décadas, as vitórias do movimento operário, especialmente com o surgimento dos ataques neoliberais contra os trabalhadores e seu movimento. Estamos determinados para levar a cabo a recuperação e consolidação da força do movimento operário, reivindicando nossas conquistas e avançando na luta por uma maior liberdade, democracia e socialismo. Intensificamos nosso compromisso ao confrontar a situação atual e os desafios que encara o movimento operário valendo-se da perspectiva e método que nos chegou a história das lutas da classe trabalhadora.

Agravamento da crise econômica
O sistema imperialista está afundando cada vez mais na lama da crise econômica. As medidas que está tomando para sair deste atolamento não são mais do que um mero naufrágio que conduzirá a um aprofundamento ainda maior na crise.
A crise econômica e financeira global que estalou em 2007-2008 está persistindo e está causando uma rápida deterioração da situação dos trabalhadores tanto nos países capitalistas avançados como nos países subdesenvolvidos. Mesmo os economistas burgueses e os analistas financeiros reconhecem agora que a economia mundial não se recuperou realmente, ao contrário, seguirá com uma terceira onda de crise financeira mundial.
A primeira onda foi provocada em 2007 pela crise das hipotecas podres nos Estados Unidos que quase conduziu ao colapso do sistema bancário mundial em 2008. Os bancos centrais dos países imperialistas optaram por resgatar os grandes bancos e as corporações da oligarquia financeira empregando para esta o dinheiro público. Isto aumentou ainda mais o déficit fiscal e elevou os níveis da dívida pública nos países capitalistas avançados. Enquanto era eficaz ao proteger temporariamente os ativos e os balanços das grandes corporações e instituições financeiras, conduziu rapidamente a uma crise da dívida soberana centrada na zona do euro.
Esta segunda onda da crise financeira mundial mergulhou os países europeus menos desenvolvidos – Grécia, Itália, Portugal e Espanha – em uma grave recessão e quase derrubou a União Monetária Europeia de 2012. Além disso, obrigou os governos de todo o continente a impor severas medidas de austeridade e a desmantelar os direitos trabalhistas em detrimento dos trabalhadores e da população pobre.
Nestes momentos, a terceira onda da crise está centrada nas denominadas “economias emergentes”, com o fim do crescimento impulsionado pela dívida na China, o fim do auge das mercadorias básicas nos países exportadores de matérias primas como Brasil e África do Sul, e a fuga massiva de capitais dos países em desenvolvimento.
Os resultados das medidas adotadas a respeito da crise estão abrindo caminho para maiores e mais perigosos tremores. Os resgates bancários e a hiper-flexível política monetária adotada pelos bancos centrais imperialista puseram mais dinheiro nas mãos da oligarquia financeira mas inchou a dívida global em 57 trilhões de dólares americanos desde 2007, em somente oito anos. A dívida global supera agora os 200 trilhões de dólares americanos e cresce a um ritmo muito maior do o produto interno bruto. Esta dívida impagável é uma bomba relógio que explodirá inevitavelmente, afundando o mundo em outra convulsão financeira que será muito mais grave.
Enquanto isso, os 62 monopólios capitalistas mais ricos têm aumentado seu estoque de riqueza desde 2010 em 542 bilhões de dólares americanos, enquanto que as 3,6 bilhões de pessoas mais exploradas do mundo têm perdido um trilhão de dólares americanos no mesmo período.  As cifras oficiais mostram que o desemprego atingiu um recorde de 200 milhões de pessoas em todo o mundo, com a expectativa de que outros três milhões se juntem às fileiras dos desempregados nos próximos dois anos.
Entre aqueles que estão empregados, a precariedade das condições de trabalho é agora uma regra, mesmo no maior e mais rico monopólio empresarial. Por exemplo, somente 6% do total da força de trabalho das 50 principais empresas globais é reconhecida como emprego direto, enquanto que o resto é explorada mediante contratos a curto prazo ou como trabalhadores informais. Cada vez mais trabalhadores se veem forçados a buscar emprego no exterior, somando-se aos 150 milhões de trabalhadores migrantes que já existem em todo mundo. Os monopólios capitalistas estão desmantelando os direitos dos trabalhadores, incluindo o direito a um salário digno, prestações sociais, segurança no trabalho, a jornada laboral de oito horas ao dia, e condições de trabalho seguras.
Nunca satisfeita, a burguesia monopolista está levando a cabo uma nova onda de ofensivas neoliberais destinadas a aumentar ganhos nestas situações de crise. Ela está aplicando medidas de austeridade mais severas e uma flexibilização trabalhista: a privatização do setor público e dos bens comuns principalmente mediante a apropriação de terras; o aprofundamento da desnacionalização e compradorização das economias do terceiro mundo mediante a ampliação das cadeias de abastecimento global de seus monopólios empresariais; e o fortalecimento das medias de proteção das propriedades e benefícios dos monopólios capitalistas, especialmente mediante a ampliação dos direitos de propriedade intelectual sobre tecnologias e conhecimentos.
Estão reformando os sistemas jurídicos e os regulamentos nacionais e internacionais através de novos acordos comerciais e de inversão, tais como o Acordo de Associação Transpacífico (Transpacific Partnership Agreements), a Associação para o Comércio e a Inversão Transatlânticos (Transatlantic Trade and Investment Partnership) e a Associação de Acordos Econômicos (Economic Partnership Agreements). Estão institucionalizando mecanismos de solução de litígios entre investidores e o Estado que concedem o poder de veto de fato para empresas multinacionais sobre regulamentos ou reformas que os governos poderiam adotar sob crescentes pressões populares para ajudas imediatas e reformas concernentes a crise.
Todas estas medias somente podem empobrecer ainda mais as massas trabalhadoras de todo o mundo, aumentar a concentração e a superacumulação de capital nas mãos da burguesia monopolista, e agravar a crise de superprodução, que o neoliberalismo se propôs a resolver em primeiro lugar.

Aumento da repressão e da guerra
Esta ofensiva neoliberal dos capitalistas monopolistas está necessariamente conectada com a brutal repressão dos trabalhadores, considerados como ameaça potencial a uma maior acumulação da riqueza e de poder das classes dominantes. As leis e os regulamentos repressivos se aplicam em toda a parte com o objetivo declarado de atrair mais investidores capitalistas. Os Estados estão intensificando seu ataque aos sindicatos e aos movimentos populares que exigem maiores salários, melhores condições de trabalho, serviços sociais e a prestação de contas do governo. 
Tem ocorrido um aumento notável no número de prisões e detenções arbitrárias de trabalhadores por exercer seus direitos democráticos. Na Europa e em outras partes, ativistas têm sido detidos ou submetidos a processos penais por se oporem as medidas de austeridade através de greves e protestos. Os críticos aos abusos corporativos ou governamentais são coagidos com agressões físicas, assassinatos, e colocados sob a violência. Os Estados também estão apresentando cargos penais falsos contra ativistas políticos. Mulheres ativistas enfrentam ameaças e abusos de gênero.
Em muitos países, direitos fundamentais como a liberdade de reunião, associação e expressão são restringidos sob o pretexto de lutar contra o terrorismo, a contrainsurgência ou a proteção da segurança nacional. Isto é particularmente frequente em países subdesenvolvidos, onde a terra e os recursos estão sendo apreendidos por empresas de energia, indústria extrativas, a agricultura em grande escala e promotores imobiliários.
Estas atividades são muitas vezes financiadas e promovidas por instituições financeiras imperialistas como o Banco Mundial. Também são respaldadas por forças estatais de segurança e grupos paramilitares, com a orientação e o apoio de militares estadunidenses. Como resultado disto, grupos de defesa dos direitos humanos tem documentado o aumento do número de execuções extrajudiciais e desaparições de ativistas, organizadores, jornalistas e dirigentes de massas em países como Filipinas, Honduras, Colômbia, Brasil e outros lugares. Muitas das vítimas são do movimento operário.
Os monopólios capitalistas estão unidos em seus interesses por explorar e oprimir o povo, especialmente nas neocolônias. Mas também estão em constante competição econômica, geopolítica e militar, especialmente agora que o agravamento das crises mundiais sublinha o caráter finito da mão de obra mundial, dos recursos e dos mercados frente a insaciável impulsão de obter benefícios e acumular capital daqueles que detém os monopólios capitalistas. Daí a intensificação da luta travada entre os países imperialistas para garantir a sua parte dos despojos.
Desde o início da guerra contra o terror liderada pelos Estados Unidos em 2001, o imperialismo estadunidense tem instigado e/ou apoiado a “troca de regime” em numerosos países como Afeganistão, Iraque, Haiti, Honduras, Líbia, Ucrânia e agora Síria para instalar governos que ajudariam a garantir os interesses dos Estados Unidos. Desde 2011, os E.U.A. estão tratando de orquestrar a derrubada do governo de Assad na Síria, utilizando “representantes” – Arábia Saudita, Qatar e Turquia – para financiar e armar inúmeros grupos jihadistas anti-Assad, entre eles Al Nusra Daesh e Al Qaeda. Mas isso tem sido obstaculizado pelo apoio do Irã e da Rússia ao governo de Assad.
A guerra pelo petróleo na região do Oriente Médio e Ásia ocidental está resultando no massacre de milhões de pessoas na região. Tem destruído a economia local, a infraestrutura social e o patrimônio cultural dos povos destes países, e somente em 2015 obrigou a mais de cinco milhões de pessoas a buscar refúgio no estrangeiro.
Na luta contra estas guerras de agressão, milhares de jovens estadunidenses – especialmente as pessoas de cor e desempregados têm se sacrificado por causa da grande burguesia. Além do mais, estima-se que os E.U.A. gastaram três trilhões de dólares americanos somente na guerra no Iraque, excluindo outro trilhão de dólares em atenção médica e outros gastos associados ao retorno dos soldados, enquanto se negam serviços sociais necessários em matéria de saúde e educação aos trabalhadores dos Estados Unidos.
Os aliados europeus da O.T.A.N. estão sofrendo agora as consequências de seu apoio a estas guerras de agressão no Oriente Médio/Ásia Central com atentados terroristas em Paris e Bruxelas, que tem vitimado a civis e criado um clima de terror na população. A crise dos refugiados, a pior da história da humanidade, é agora esmagadora e os governos europeus estão liberando as rédeas para a xenofobia, a intolerância, o racismo e o fascismo que expõe aos trabalhadores migrantes e de grupos minoritários aos mais vis ataques dos elementos mais reacionários da sociedade.

A intensificação da resistência dos trabalhadores e dos povos
As políticas neoliberais imperialistas estão intensificando a exploração e a opressão do povo trabalhador, criando condições objetivas para a gente se levantar e lutar. As lutas atuais e aquelas que emergem, ainda que dispersas e breves em muitos casos, são importantes para a construção da resistência contra o sistema capitalista mundial.
Na Europa, os trabalhadores e o povo tem realizado grandes ações de massas contra os programas de austeridade que vem se intensificando, especialmente na Grécia, Espanha e o Reino Unido. Milhões de trabalhadores tem participado nestas ações de protesto exigindo ao governo o término dos cortes nos gastos pelo bem-estar social e serviços públicos, reclamando salários mais elevados para as famílias trabalhadoras, a proteção da organização sindical e dos direitos de negociação coletiva. Na Grécia estão exigindo que se libertem da servidão por dívidas aos bancos da U.E. e de outros instrumentos da globalização imperialista. Dezenas de milhões de pessoas marcharam nas ruas de Bruxelas, Madrid, Helsinki, Varsóvia, Praga, Berlim, Munique, Paris e outras cidades europeias no ano passado a fim de se opor a Associação Transatlântica para o Comércio e a Inversão (Transatlantic Trade and Investment Partnership – T.T.I.P.) entre a U.E. e os Estados Unidos.
Na França, os trabalhadores e os jovens lideram atualmente manifestações de rua contra o projeto de lei trabalhista levado a cabo pelo governo de Hollande, no qual debilitaria o direito de negociação coletiva, pioraria as condições de trabalho e estenderia a jornada laboral. Também estão sendo realizadas sentadas noturnas, nuit debout, ocupando praças públicas para fazer frente a uma infinidade de outras queixas, incluindo o aumento da desigualdade, os despejos, a evasão fiscal dos bilionários, o estado de emergência e as medias de segurança adotadas a raiz dos atentados do ano passado; a mudança climática, etc.
Na América do Norte, trabalhadores do setor público e privado, migrantes, mulheres, jovens e pessoas de cor vem realizando protestos contra as medidas de austeridade, a violência racista e a exploração dos trabalhadores. Os trabalhadores estão encontrando formas de levar a cabo protestos generalizados contra as piores práticas antitrabalhadoras tais como os dias de ação coordenada dos trabalhadores em frente a Walmart, a campanha “luta por 15” de trabalhadores de baixos salários na indústria de serviços, a recente greve de dezenas de milhares de trabalhadores da Verizon nos Estados Unidos, e as greves dos trabalhadores canadenses no setor da saúde.
Na Austrália, o ex Primeiro Ministro Abbott foi derrubado depois de pôr em prática o mais feroz ataque neoliberal contra os trabalhadores e o povo. A burguesia monopolista e seus partidos está decidida a quebrar o poder dos sindicatos australianos, e os trabalhadores e as massas estão se preparando para lutar contra os novos ataques.
Na Ásia, ainda que esporádicas, os protestos e as greves contra as corporações multinacionais e os governos tem aumentado e se amadurecendo até a resistência organizada contra as políticas neoliberais, a repressão estatal, e mesmo contra o sistema capitalista monopolista. As greves de trabalhadores estão aumentando na China nos últimos anos, incluindo greves massivas contra as corporações multinacionais. Na Índia, mais de 100 milhões de trabalhadores participaram em uma jornada grevista contra a política neoliberal do governo de Modi no mês passado de setembro. Os trabalhadores no país têm se congregado em grandes números. Neste mês em Bangalore, milhares de trabalhadores da confecção, em sua maioria mulheres, saíram das fábricas para protestar contra a política dos governos em matéria de segurança social, bloqueando as estradas.
Camboja e Indonésia são alguns dos países onde os trabalhadores tem organizado ações generalizadas no âmbito salarial, conseguindo alcançar importantes incrementos nos últimos anos. Suas lutas têm recebido atenção mundial das empresas multinacionais e, o que é mais importante, é que tem demonstrado o poder dos trabalhadores ao ganhar as lutas mediante a ação coletiva e desafiar a “corrida para o abismo”. Ambos os países enfrentam agora batalhas contra as reformas trabalhistas que tratam de restringir o direito de se organizar e negociar coletivamente.
Na África do Sul e Senegal, os trabalhadores e o povo estão resistindo a privatização generalizada e lutando valentemente para melhorar os salários e os padrões de vida. Na Nigéria, os trabalhadores e o povo se opõem ao aumento dos preços dos produtos básicos como a gasolina. Em Burkina Faso, manifestantes tomaram as ruas para acabar com três décadas de ditadura. Em ambos os países, a ira contra o militarismo e o terrorismo respaldado ou instigado pelo imperialismo estadunidense é crescente. Ao longo de todo o continente africano, aumento o número de protestos e outras ações dos povos para exigir o respeito aos direitos humanos e reclamando o fim do racismo, o fundamentalismo, o terrorismo, a violência e o genocídio étnico.
Na Venezuela, Bolívia, Equador, Brasil e outros países, a desaceleração econômica resultante do final do auge dos produtos básicos está sendo agora explorada pela persistência que possuem os grandes compradores-latifundiários oligarcas e os fanáticos fantoches dos Estados Unidos em reverter os avanços sociais conquistados sob os governos progressistas. Mas as lutas dos trabalhadores e os povos de toda a América Latina e países do Caribe se veem reforçadas por décadas de resistência contra estas mesmas elites locais e contra o imperialismo ianque. Os trabalhadores e os movimentos sociais estão condenando e se opondo a intervenção estadunidense e as tentativas de desestabilização no Paraguai, Honduras, Venezuela e outros países da região.
A ira dos povos contra os Estados Unidos se estende rápida e profundamente no Iraque, Síria, Líbia, Afeganistão e em todo o oeste da Ásia, onde os piores crimes contra a humanidade vêm sendo cometidos pelo imperialismo ianque e seus aliados nas últimas décadas. As lutas do povo palestino, curdo e de outros pela libertação nacional e social são exemplos heroicos da resistência dos povos nesta região. Estão mostrando o caminho da resistência popular contra o imperialismo ianque e contra a expansão violenta de grupos terroristas apoiados pelos Estados Unidos. As alianças nacionais e internacionais as vezes exigem táticas sensíveis a situações complexas e fluidas.
Outros movimentos progressistas e revolucionários também estão liderando lutas pela libertação nacional e a democracia. O terreno se encontra fértil devido a intensificação da repressão, o neoliberalismo, o militarismo, a rivalidade imperialista e as guerras de agressão.
Estamos seguros de que a resistência do povo se elevará com o tempo em que a crise do capitalismo global se agrava e inflige sofrimentos insuportáveis sobre as massas. O nível de resistência que já surgiu aponta a mais generalizadas e intensas lutas da classe trabalhadora e do povo. A política neoliberal saqueadora e as guerras agressivas do capitalismo monopolista têm causado uma devastação social sem precedentes e geraram também uma resistência popular jamais vista, em uma escala mais ampla e mais intensa.
Enquanto o sistema imperialista se afunda na barbárie, recordamos a convocação que fez o grande Vladimir Lenin há 100 anos aos trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo a negar seu ingresso nos combates das guerras dos imperialistas e transformar as guerras contra países – nas que os trabalhadores estão sendo enfrentados – em guerras proletárias contra suas respectivas burguesias.
Os trabalhadores e os sindicatos de todo o mundo devem vincular suas lutas e armar um amplo movimento de resistência contra o neoliberalismo, o capitalismo monopolista, o terror de Estado e as guerras imperialistas. Devem maximizar as oportunidades de incitar, organizar e mobilizar diante ao agravamento da crise mundial, as contradições entre imperialistas, e alcançar imediatas e permanentes vitórias para todos aqueles que trabalham e para os povos oprimidos.
Os trabalhadores, os camponeses, os migrantes, os indígenas, as mulheres, os jovens, devem unir seus braços e elevar suas lutas contra o sistema capitalista mundial. Somente a luta contra o imperialismo e pelo socialismo poderá realmente dar um fim à crise capitalista e às guerras imperialistas; libertar as massas da exploração e da opressão; e conquistar uma maior liberdade, democracia, justiça social, desenvolvimento integral e paz duradoura.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

VÍDEO: Por que há uma revolução armada acontecendo nas Filipinas?

Pequeno vídeo que explica didaticamente as razões do processo revolucionário levado a cabo pelo povo filipino sob direção do Partido Comunista das Filipinas.

Legendado pela União Reconstrução Comunista.




Bandeira da National Democratic Front of Philippines (Frente Nacional Democrática das Filipinas)

segunda-feira, 4 de abril de 2016

O Novo Exército Popular em Mindanao tem Sustentado o Avanço da Guerra Popular

(Mensagem da Frente Nacional Democrática das Filipinas em relação ao 47º aniversário da fundação do Novo Exército Popular (New People’s Army – N.P.A.)

Pelo porta-voz da Frente Nacional Democrática das Filipinas em Mindanao, Ka Oris.


29 de Março de 2016

Traduzido por I.G.D.

A Frente Nacional Democrática – Mindanao junta-se com o resto do povo filipino para proferir sua maior saudação e dar os parabéns para todos os combatentes vermelhos e comandantes do Novo Exército Popular (New People’s Army – N.P.A.) no seu 47º aniversário de fundação, que ocorreu a 29 de março de 1969. Nós também saudamos todos os mártires revolucionários que sacrificaram suas vidas pelo interesse em avançar na luta armada pela libertação nacional e por uma genuína democracia.
É justo que nós demos tamanha importância para este próspero dia porque o Novo Exército Popular (N.E.P.), uma das principais armas da revolução popular democrática, continua levando a cabo suas tarefas mais importantes e tem colhido vitórias significantes. Este exército cresceu em tamanho e força e tem frustrado o mal-intencionado regime de E.U.A. - Aquino III, este que quer destruir o verdadeiro exército popular e todo o movimento revolucionário antes do término de seu mandato.
Partindo de quase nada, o Novo Exército Popular foi fundado em Luzon Central no ano de 1969 e espalhou-se por todo o país. Em Mindanao, a primeira unidade do N.E.P. foi formada em 1972 nas regiões fronteiriças de Misamis Oriental e Agusan del Norte. A partir de 1972, as forças do N.E.P. em Mindanao se estendem e continuam a crescer tanto em tamanho como em força, diante dos ataques brutais do Oplan (Plano de Operação) “Nip-in-the-bud” do Ditador Marcos, o Oplan “Lambat Bitag” de Cory Aquino e de Ramos, o Oplan “Mamamayan” de Estrada, e o Oplan “Bantay Laya” de Arroyo. Atualmente, o Oplan “Bayanihan” do regime de E.U.A. - Aquino III encontra-se com a falência definitiva e com uma grande derrota. Ele é derrotado porque fracassou totalmente em esmagar uma pequena e fraca força guerrilheira, que se mantém firme e cresce ficando ainda mais forte, apesar da enormidade do tamanho e do poderio das forças armadas regulares do Estado reacionário.
Suas vitórias revolucionárias têm se concretizado por meio da implementação de suas tarefas em levar adiante a luta armada, a construção de bases, em lançar a revolução agrária, em avançar nas lutas antifascista e anti-imperialista, e em conduzir cursos de estudos de caráter político e ideológico, incluindo o trabalho cultural.
Mesmo com as brutais investidas da Operação “Bayanihan” do regime fantoche de Benigno Aquino III contra as forças revolucionárias em Mindanao, as frentes guerrilheiras na ilha, do começo do regime em 2010 até meados deste ano, aumentaram em 46, estas que cobrem cinco regiões do Novo Exército Popular em Mindanao. Muitas destas frentes têm porte de verdadeiras companhias, e nenhuma sequer foi dizimada.
A construção de frentes guerrilheiras atingiu o sucesso devido aos seus esforços determinados em estabelecer e ampliar bases que servem como áreas de manobras do N.E.P. Em todos os seis anos sob o regime títere de Aquino III, o número de bairros onde o N.E.P. opera aumentaram de 1,850 para mais de 2,500 no presente momento, cobrindo mais de 200 municípios em 20 províncias em toda a ilha de Mindanao. A população influenciada pela revolução aumentou em vários milhões, sendo que 200,000 estão organizadas diretamente, enquanto dezenas de milhares são cobertos pelos governos populares revolucionários em numerosas comunidades e barangays e algumas a nível municipal.
Geralmente, em Mindanao, o Novo Exército Popular tem aumentado suas forças. Desde o início do regime fantoche de Aquino III, cresceram em mais de uma centena as formações de unidades de pelotão. Nenhum desses pelotões foi destruído em batalha pelo inimigo. O N.E.P. tem sido capaz de sustentar inúmeros recrutas devido a sua amplitude e profundidade das zonas e bases guerrilheiras.
As unidades das Milícias Populares em bairros e comunidades, que são forças de reserva direta das unidades do N.E.P. em tempo integral, têm crescido aos milhares em Mindanao. Várias entre elas participam diretamente em ações militares. Elas também têm sido mobilizadas nos trabalhos de inteligência, transporte de suprimentos, e outros apoios militares para as unidades em tempo integral do Novo Exército Popular.
As unidades guerrilheiras em esquadrões, pelotões e companhias, juntas com milhares de Milícias Populares, lançaram ofensivas táticas (O.T.) mais intensificadas contra as unidades inimigas regulares e paramilitares carniceiras das Forças Armadas das Filipinas (F.A.F.). Em 2010, o N.E.P. foi capaz de lançar apenas 250 ofensivas táticas em toda a ilha. Nos cinco anos posteriores, estas foram se intensificando e tornando-se cada vez mais frequentes, e em 2015, mais de 500 O.T. foram levadas a cabo pelo N.E.P. em Mindanao. Já no ano de 2016, nos últimos dois meses, o N.E.P. em Mindanao lançou mais de 100 ofensivas táticas, sendo que a maioria destas foram direcionadas contra os destacamentos e tropas regulares das F.A.F.
Nós temos combinado ações militares aniquiladoras e de exaustão, através das quais, se nós aumentamos o número de vítimas das tropas das Forças Armadas das Filipinas, da Polícia Nacional das Filipinas e dos grupos paramilitares, nós temos dizimado um batalhão por ano nos últimos seis anos. Por meios dessas ofensivas táticas, nós confiscamos milhares de armas de fogo de diversos calibres. Estas armas, incluindo aquelas que foram dadas por aliados e aquelas que nós compramos de diferentes fontes, servem como armamento adicional em nosso esforço para a construção de mais pelotões e companhias espalhadas por todas as cinco regiões de Mindanao.
É também tarefa do N.E.P. lançar ações militares a fim de impor medidas punitivas contra atividades de mineração em larga escala e plantations que são propriedades de corporações multinacionais (e.g. SRMI, PGMC, Dole, Del Monte e SumiFru) que tomaram terras ancestrais dos Lumad, monopolizaram terras e privaram o campesinato da oportunidade de uma reforma agrária. Estas corporações também têm explorado tremendamente os operários, e de maneira desenfreada, saqueiam os recursos naturais e danificam o meio ambiente.
A tarefa de defender os interesses do povo filipino e aquela de lançar ofensivas táticas para gradualmente enfraquecer e destruir o exército reacionário das classes dominantes tem apenas resultado em sucessos devido a força e ao amplo apoio do povo.
O apoio das massas para o N.E.P. tem se tornado ainda mais forte, já que uma de suas tarefas centrais é levar a cabo uma genuína reforma agrária nas áreas rurais. Vitórias em termos de reforma agrária, beneficiando centenas de milhares de camponeses e operários agrícolas no campo de Mindanao, tem sido conquistadas nas áreas rurais em variados níveis e coberturas em todas as regiões. As lutas foram pela redução da renda da terra e implementos agrícolas, redução da usura, aumento dos salários, e aumento do preço dos produtos agrícolas dos camponeses. Foram também lançados serviços médicos e campanhas culturais.
Essas vitórias derivam da perseverança do Novo Exército Popular nos trabalhos de elevação da consciência política de seus combatentes vermelhos e comandantes. As unidades do N.E.P. possuem educação política regular básica que são delineadas pelo curso PADEPA, que inclui, entre outros, o Curso Básico sobre a Sociedade e Revolução Filipinas, Cursos Especiais de Massas, e As Regras Básicas do Novo Exército Popular, etc. Essa consciência política elevada determina o serviço voluntário do N.E.P. para as vastas massas populares e uma firme adesão a uma disciplina férrea entre seus membros. Isso diferencia o N.E.P. das forças mercenárias da Polícia Nacional, dos grupos paramilitares e das Forças Armadas das Filipinas, cujo serviço é adquirido porque estes últimos são pagos para reprimir o povo e proteger os interesses insaciáveis da grande burguesia compradora, dos latifundiários e dos imperialistas.
A liderança absoluta do Partido Comunista assegura que o exército popular permaneça firme na linha política correta da Revolução Democrática Popular e seja capaz de aderir a uma forte disciplina no seu serviço ilimitado de defesa dos interesses do povo. A fim de executar isso, a partir das unidades do N.E.P. em todo o país, incluindo Mindanao, partes do partido dentro das companhias e dos pelotões guiam as tarefas políticas e militares da unidade e engajam-se no trabalho de massas e nos trabalhos políticos e de aliança dentro das fileiras do exército reacionário. E acima de tudo, temos também colocado firmemente a base política dos membros do Partido dentro das unidades do exército através da implementação de estudos em forma de cursos do Partido, como o Curso Básico do Partido, o Curso Intermediário e o Curso Avançado.
O avanço contínuo da guerra popular em Mindanao e a resistência armada em andamento de grupos entre o povo Moro continuam a ser um espinheiro, uma dissuasão contra os interesses econômicos exploradores das classes dominantes da ilha. Desse modo, nesta última fase do regime do títere Benigno Aquino III, seu Plano de Operação “Bayanihan” (O.P.B.) de campanhas de repressão militar tornaram-se ainda mais brutais e virulentas, em uma tentativa desesperada de realizar seu sonho de esmagar o movimento revolucionário em Mindanao e garantir a proteção dos interesses das classes dominantes locais e de seus chefes imperialistas.
Atualmente, dos 113 batalhões das Forças Armadas das Filipinas em todo o país, 68 estão implantados em Mindanao. Destes, 34 batalhões estão implantados para focar suas ações contra o N.E.P., enquanto que os outros 34 estão nas regiões dos Moro. Campanhas brutais e operações militares tem sido lançadas quase simultaneamente contra as forças revolucionárias dirigidas pelo Partido, o N.E.P. e a Frente Nacional Democrática e, ao mesmo tempo, contra os grupos armados dos Moro que continuam na luta armada.
O foco particular das campanhas e das operações militares da O.P.B. é em Mindanao Oriental, que abrange regiões do N.E.P em Mindanao do Sul, onde de 12 a 13 dos batalhões das F.A.F. estão instalados, e no Nordeste de Mindanao, onde existem oito destes batalhões. Enquanto se concentram nestas duas regiões do N.E.P., eles também têm lançado quase simultaneamente operações de “contenção” nas regiões Centro Norte, Ocidental e Extremo Sul de Mindanao.
A concentração de um grande número das tropas das F.A.F. no Sul e no Nordeste de Mindanao, que são 21 batalhões no total e todos estão operando com indescritível selvageria contra o povo e contra as forças revolucionárias, tem infligido um incomensurável sofrimento sobre as massas populares, especialmente os camponeses, os Lumad e outros setores desprivilegiados da sociedade. Tem sido o procedimento padrão destas operações preparar massacres com impunidade, assassinatos, incêndios de escolas e casas, bombardeamentos indiscriminados, bombardeios com helicópteros e aviões, evacuações forçadas e outras desprezíveis formas de brutalidade.
As tropas carniceiras e mercenárias das F.A.F., junto com suas forças paramilitares, cometeram estas atrocidades não apenas para destruir as forças revolucionárias, mas, acima de tudo, para proteger os investimentos dos imperialistas e das classes dominantes locais, como as minerações em larga escala, plantations, projetos de energia e outros que causam impactos negativos ao meio ambiente e pisoteiam os interesses dos Lumad, Moro, camponeses e operários.
Em paralelo com este fascismo descarado, eles também têm lançado campanhas de guerras psicológicas, como as conhecidas “Caravanas da Paz”, onde desfilam como “desistentes”. Estas têm sido usadas para enganar abertamente o povo, fazendo estes acreditarem que as suas medidas terroristas conseguiram privar o N.E.P. de sua base de massas. Eles pregam a mentira de que a revolução está enfraquecida que o próximo passo seria declarar o conflito como “administrável e pronto para o desenvolvimento" nas regiões onde foram atacadas, como Davao Oriental, Compostela Valley, Agusan del Sur, Surigao del Sur e outras áreas. Isto irá preparar o caminho para a implementação de valores bilionários em projetos PAMANA, que, claramente, é apenas uma fonte de corrupção tanto para Malacañang como para a OPAPP.
O regime de alguma maneira sonha que com a concentração de suas forças em algumas poucas regiões do país, particularmente em Mindanao Oriental, será vitorioso em esmagar a revolução em tais áreas. Mas isto é um erro porque enquanto eles focam nas regiões Sul e Nordeste de Mindanao, dão oportunidade para as regiões Centro Norte, Extremo Sul e Ocidental da ilha para que façamos o trabalho de expansão e consolidação, e em esforço global, a fim de avançar com a revolução nestes territórios. E enquanto o inimigo concentra 60% das tropas das F.A.F. em Mindanao, este abre espaço para regiões em Luzon e em Visayas para que possamos avançar significativamente na luta armada.
Seja qual for o revés que se abate sobre o N.E.P. é apenas temporário, apenas passageiro. O que importa é que o desenvolvimento da revolução armada continua avançando, no geral, como a Revolução Popular Democrática. O N.E.P. é invencível porque é o exército das massas populares.
E assim como a realidade tem mostrado, as unidades do N.E.P. vêm lançando heroicos e corajosos contra-ataques por meio de ofensivas táticas a fim de preservar a si mesmo, defender os interesses do povo e consolidar as vitórias da revolução, e causar mais baixas sobre as tropas fascistas das Forças Armadas das Filipinas e dos grupos paramilitares. Ademais, o povo de Mindanao bravamente tem resistido de maneira ousada, desmascarando as forças da Polícia Nacional, das F.A.F. e dos grupos paramilitares, e militantemente protestam contra as violações de direitos humanos em todo o país. Estas violações têm sido amplamente expostas e contrariadas após o massacre de 1 de setembro de 2015 em Han-ayan, Lianga, Surigao del Sur. O regime reacionário tem sido criticado com forte condenação por vários setores da sociedade, incluindo as igrejas católicas e protestantes.
Desse modo, no 47º aniversário de fundação do Novo Exército Popular, nós devemos nos manter firmes em nossas vitórias e olhar adiante para o futuro brilhante da revolução. Os interesses do povo residem em cima de nós. Juntos, com eles ao nosso lado, a última etapa brutal da O.P.B. do regime E.U.A.-Aquino III certamente irá falhar e será derrotada. E é certo que nós também podemos derrotar o plano de campanha contrarrevolucionário do próximo regime que substituirá a administração reacionária de Benigno Aquino III. Nós estamos confiantes de que o avanço da revolução popular democrática será sustentado porque nós nos mantemos firmes e lutamos pelas aspirações das massas pela verdadeira libertação, pela democracia e paz justas.

Vida longa ao Novo Exército Popular!
Vida longa ao Partido Comunista das Filipinas!
Vida Longa à frente unida e ao povo filipino!